...

"Todo sonho é uma derrota em potencial. Para não o realizar, basta manter-se parado. - Argus Caruso Saturnino"

Quem sou eu

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Seguindo os trilhos

Pedal Área Continental de São Vicente – SP
09/06/2009

Depois de dois finais de semana sem pedalarmos juntos, eu e o Roger combinamos pelo Orkut na segunda-feira a noite (08/06), para nos encontramos as 06:00 desta terça-feira, dei umas alternativas de passeio ao Roger (todas repetidas) e perguntei a ele, se tinha mais alguma sugestão, mas ele também não teve nenhuma idéia no momento, então combinamos que só decidiríamos o nosso destino na hora que fossemos iniciar o passeio.

Sendo assim levantei cedo (05:40) e sai em direção ao ponto de encontro, ainda estava bem escuro e cheguei uns 10min atrasado no ponto de encontro e mais alguns minutos saímos para o nosso pedal com o dia amanhecendo e ainda sem destino certo, seguimos para os bairros que ficam na área continental de São Vicente para procurar alguma estradinha ou caminho sentido Serra do Mar, algum lugar diferente, que ainda não tivéssemos percorrido.

Ainda amanhecendo estávamos atravessando a Ponte dos Barreiros, que liga o continente e a Ilha de São Vicente, ao lado a ponte da ferrovia que a algum tempo está desativada.

Canal dos Barreiros e ao fundo a Serra do Mar.

Ainda sem destino certo, seguíamos para a Rodovia Pe. Manoel da Nóbrega com um belíssimo amanhecer.

Quando chegamos na rodovia, a idéia do Roger era procurar uma trilha ou acesso ao trecho desativado da ferrovia no Bairro Samarita, mas propus a ele seguirmos no sentido Cubatão - pedágio...

Uma vez no pedágio, dei uma nova sugestão para o passeio, seguir pela linha férrea que cruza a rodovia logo após o pedágio e ao lado do Rio Boturoca ou Rio Branco...

Saindo da rodovia e do asfalto também...

Seguimos pela estradinha de terra que beira a ferrovia.

Parecia até que estávamos no interior.

No início da estradinha de terra, lembrei que um grupo de bikers aqui da região que combinou um passeio pela internet, passando por esse lugar para chegar numa cachoeira, mas não chegaram a colocar fotos do pedal na net...

Da estradinha conseguimos avistar os bairros da área continental de São Vicente e até os prédios que ficam na ilha.
Obs. Foto tirada com o zoom no máximo (tanto o óptico como o digital - 20X).

Após quase 8 Km de estradinha, ouvindo a maior parte do tempo barulhos de trem (que desciam ou subiam a Serra do Mar), inclusive num determiando momento chegamos a avistar uma composição descendo a serra, mas sem cruzar com elas pelo caminho nada... Eis que avistamos uma composição, também já estávamos chegando ao pátio ferroviário...

Uma das várias propriedades rurais que ficam a beira da ferrovia.

Encontramos um pequeno riacho que cruza a ferrovia e como havia uma composição na linha e não dava p/ contornar a mesma, passamos por baixo da ponte e...

Avistamos esse escorrega, mas não arriscamos ir mais adiante, pois julgamos não ter nada interessante logo adiante... Mais a frente conversando c/ um funcionário da ferrovia iriamos descobrir que julgamos totalmente errado, pois logo depois do escorrega tem uma cachoeira, mas tudo bem fica a próxima vez.

Mais uma propriedade a beira da ferrovia, próximo ao pátio ferroviário Paratinga

Galpão do pátio ferroviário Paratinga, onde é feito a manutenção e o reabastecimento das locomotivas.

Placa nada legal ...

Ao chegarmos no pátio encontramos os trilhos e estradinha de terra que vão para Samarita (linha desativada) à nossa esquerda, e o prédio principal do pátio à nossa direita, mas para chegar ao mesmo tínhamos que passar por um portão de acesso, que estava aberto, mas tinham dois funcionários da ferrovia ao lado... Ai ficamos na dúvida de continuar ou não continuar seguindo a ferrovia sentido Serra do Mar, será que vão permitir a nossa passagem?...

Resolvi tomar a iniciativa e ir conversar com os funcionários da ferrovia, primeiro perguntei ao mesmo, como fazia para chegar ao Bairro Samarita? E ele prontamente me respondeu o que eu já sabia, depois perguntei se seguindo em direção ao prédio principal do pátio, era o caminho que os trens fazem p/ subir a Serra? E ele disse que sim, o que eu também já sabia...

Como tínhamos visto vários sítios e chácaras a beira da ferrovia até chegarmos ali, resolvi fazer uma última pergunta: Seguindo no sentido do prédio / subida da ferrovia, se ainda existia algum sítio ou chácara? E para a nossa felicidade ele foi logo dizendo: - Tem sítio e tem até cachoeira, é só seguir uma estradinha ao lado do prédio e logo após o final da estradinha, é só seguir ao lado da ferrovia e vai encontrar uma cachoeira... Bingo!!! 

Trecho do pátio onde não se pode andar de bicicleta, onde tivemos que descer e empurrar, mas o que importava p/ nós é que não barraram a nossa passagem.

Estradinha de terra após o patio ferroviário.

Opa, será que eu bebi??? Estou enxergando direito???   Estou vendo dois Roger...
Que nada, foi o resultado da montagem da foto panorâmica, utilizando duas fotos.

A esquerda mais um acesso para uma propriedade particular, que parecia ser a última que encontraríamos.

Com o término da estradinha de terra, passamos a segui a beira dos trilhos, conforme a informação do funcionário da ferrovia, até o Roger ter uma brilhante idéia “pela linha férrea da esquerda, que não tinha composição dá para ir pedalando” e eu comprei a idéia...

Até o momento em que escuto uma buzina bem alta e olho para trás ... E lá vem mais uma composição, bem na linha em que seguíamos pedalando, nem pensei duas vezes e fui saindo bem depressa do caminho do trem, pois quero viver muitos anos ainda, se Deus quiser.

Seguimos muito pouco ao lado da ferrovia, até que avistamos uma trilha a esquerda e dava para escutar o barulho de um riacho e logo fomos entrando na trilha...

Logo de cara encontramos uma bifurcação, a esquerda ia de encontro ao riacho, mas a trilha era bem estreita e a direita ela era bem larga e subia morro acima... E na hora ficamos na dúvida, queria seguir p/ esquerda, mas o Roger disse: “Essa trilha é mais larga, parece ser mais utilizada e parece ser o caminho mais provável para a cachoeira.”... Então seguimos nela subindo, subindo e subindo.

Até chegarmos bem aqui... Ô de casa, tem alguém ai?, não tinha ninguém, demos uma olhada em volta e constatamos que a trilha terminava nessa casa.

Em meio a mata dava para avistar a civilização ao longe, detalhe que utilizei o zoom para aproximar a imagem.

O que na ida era uma enorme subida onde tivemos que empurrar a bike, virou um downhill bem bacana até próximo a bifurcação no inicio da trilha.

Chegando na bifurcação, desta vez seguimos para a esquerda e logo encontramos o riacho., onde tem um emaranhado de mangueiras que captam água para as casas que ficam próximas a esse ponto.

Atravessamos o riacho e seguimos na trilha ao lado mesmo, em busca de uma cachoeira ou algo interessante.

E mais uns minutos de caminhada, a trilha atravessava o riacho novamente, através dessa ponte...

Ai veio a dúvida, será que a ponte agüenta o nosso peso??? Pois a aparência da mesma não era lá essas coisas, parecia estar meio podre.

Como sou o mais levinho , lá fui eu testar a mesma.

Deu uns estalos, mas agüentou na boa.

Um de cada vez para não sobrecarregar a ponte.

E seguimos adiante pela trilha, para ver se ela nos levava a algum lugar interessante...

E pela cara do Roger encontramos alguma coisa a frente...

Encontramos mais uma casa no meio da mata e de novo “Ô de casa, tem alguém ai???” e novamente não encontramos ninguém, deve ter dado uma saidinha para ir ao mercado ou a vendinha mais próxima. Mas numa breve espiada em volta da casa, encontramos sinais que nesta casa mora alguém, ao contrario da 1ª casa que encontramos na trilha anterior, pois tinha um cacho de banana recém apanhado e lenha cortada recentemente.

Ainda demos uma explorada em volta da casa e encontramos mais duas trilhas que poderiam ser percorridas, mas como já estava ficando um pouco tarde, pois tinha que retornar antes do almoço...

Resolvemos voltar para casa, retornando pela trilha que nos levou até ali.

E as duas trilhas a partir da casa, ficariam para quem sabe uma nova expedição, assim como as cachoeiras que não encontramos e também a possibilidade de subirmos a ferrovia caminhando.

A ferrovia e a Serra do Mar ao fundo, próximo ao pátio ferroviário.

Ponte sobre o Rio Boturoca ou Branco na estradinha de terra que leva ao Bairro Samarita.


Rio Boturoca ou Branco sentido Bairro Humaitá e Praia Grande.
Esse rio é o mesmo que já tínhamos passado antes de sairmos da Rodovia Pe. Manoel da Nóbrega, próximo ao pedágio.

Hehe Roger, ontem vc achava que não teria algo novo ou interessante para conhecer no nosso passeio de hoje.

Retão que nos levou até o Bairro Samarita.

Alguma rua no Bairro Samarita, próximo a um dos vários conjunto de prédios populares que existem lá... Por alguns momentos ficamos meio perdidos, mas logo encontramos o caminho.

Ciclovia na calçada, que vai do início do Bairro Rio Branco até a Ponte dos Barreiros.

Ponte dos Barreiros, seguindo de volta a ilha e para casa.

Canal dos Barreiros e os morros ao fundo são do Parque Xixová-Japuí.

Última foto do passeio, já na ciclovia da linha amarela, que beira a ferrovia desativada.

A maior parte do passeio fomos acompanhados pelos trilhos da ferrovia e algumas vezes pelo som dos trens, sem contar a locomotiva que vinha na nossa direção, rsrs. E além de conhecermos um lugar novo, ainda nos proporcionou novas possibilidades de passeio, seja de bike ou caminhando pelas trilhas ou até pela ferrovia.

Agradeço a todos que tiveram a paciência de ler todo o relato e peço desculpas se em algum momento ele ficou meio chato e extenso.

Abraço e até o próximo passeio e aventura.

Mapa do Passeio:


Números finais:
                        - 46 Km de pedal.
            Baixas:
                        - Nenhuma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário