llhabela
14 de Julho de 2009
No terceiro e último dia da viagem, aproveitamos para conhecer um pouco Ilhabela, tínhamos três opções de passeio:
- Trilha para a Praia dos Castelhanos.- Praias ao norte da ilha, até a Praia do Jabaquara.
- Praias ao sul da ilha, até a Praia do Veloso.
Das três opções, a nossa predileta era a trilha para Castelhanos, mas para chegar lá teríamos que encarar mais 22 Km de subidas (ida e volta), 700m de desnível do Maciço de São Sebastião.
Mas o cansaço dos dias anteriores começava a aparecer, e esta opção por Castelhanos iria ser bem puxada e logo acabamos desistindo.
Seguir para as praias ao norte da ilha também era uma excelente opção, conhecer as Praias do Sino e do Jabaquara, mas incluiria pedalar por um bom trecho de paralelepípedos e estrada de terra.
Já para as praias ao sul, o caminho seria por asfalto e também por ser caminho para a Cachoeira dos 3 Tombos, isso acabou pesando na nossa escolha de pedalarmos para sul da ilha, mas antes iríamos conhecer o centro de Ilhabela.
Então após uma excelente noite de sono, acordamos um pouco depois das 07:00 da manhã, preparamos o café da manhã e por volta das 08:00 saímos em direção ao centro, intercalando trechos com e sem ciclovia.
Praça em Saco da Capela ao lado da ciclovia, onde existem várias esculturas em metal e uma bela vista com vários barcos ancorados.
Saco da Capela é a última praia ou bairro antes de chegar ao Centro ou Vila de Ilhabela.
O centro é bem pequeno, mas muito bonito, com alguns casarios antigos e bem arborizado e limpo.
Não é a toa que Ilhabela é considerada a capital da vela... Muitos barcos, muito vento, praias e cenários paradisíacos.
Após uma rápida passagem pela Vila, partimos rumo ao sul da ilha, voltando por praticamente o mesmo caminho até o bairro de Barra Velha, onde estávamos hospedados.
Com exceção de um pequeno trecho onde saímos da Av. Princesa Isabel e seguimos pela Av. São João, ambas com nome de avenida, mas com aparência de rua.
Após o acesso a balsa, seguimos pela pista que leva as praias do sul da ilha, e iniciamos um sobe e desce que lembrava o dia anterior, mas em menor escala...
Parada para fotos e para tomar um refrigerante em frente a Ilha das Cabras, local muito procurado para mergulho e pertence ao Santuário Ecológico de Ilhabela.
Ilha das Cabras para trás, devido ao constante sobe e desce, decidimos que não iríamos mais tão longe (Praia do Curral ou Veloso) e o nosso destino seria a Cachoeira dos 3 Tombos, que já tinha ido uma vez a quase 10 anos atrás, por isso não lembrava direito o acesso a mesma, mas sabia que ficava próximo a Praia da Feiticeira.
E como não me lembrava direito onde fica o acesso a Cachoeira dos 3 Tombos, acabamos indo até a Praia do Julião, onde percebi que já tínhamos passado do acesso e paramos em frente a uma pousada ou hotel e fomos muito bem orientados...
A retornar e a ficar atento ao acesso de condomínio a nossa direita, onde teria um murro de pedra. Esse é o acesso também as cachoeiras, que ficam dentro do condomínio de casas.
Alguns metros após entrarmos no condomínio, encontramos um morador lavando o seu carro e perguntamos a ele como chegávamos as cachoeiras? Ele nos disse que era só continuar subindo pela rua e que tinham placas indicando o caminho, e também nos disse uma coisa que revelarei logo a seguir.
Ao perguntar ao morador do condomínio, o mesmo após explicar o caminho, nos desejou “Boa sorte com a subida!”, achei que ele deveria estar exagerando um pouco, mas não exagerou! A subida é bem forte e com alguns trechos bem íngremes, chegamos a quase 120m acima do nível do mar no final do asfalto em apenas 1km de subida.
E após o asfalto veio o início da bem sinalizada trilha para a Cachoeira dos 3 Tombos e em poucos minutos já tínhamos chegado a primeira queda da trilha.
O primeiro a entrar na água, como sempre foi o Roger “Aquaman”, só criei coragem após alguns minutos de adaptação, mas depois que me acostumei, não dava vontade de sair...
Após alguns minutos aproveitando a cachoeira tivemos que sair, pois ainda queríamos conhecer as outras quebras, e voltamos a trilha em direção a segunda queda, que é bem pequena e fica logo acima da primeira queda.
E na segunda queda só ficamos o tempo suficiente para bater algumas fotos e seguimos trilha a dentro em busca da última queda, a maior de todas, tem mais de 20m de altura, porém não há poço para mergulho, então também não ficamos muito tempo lá...
Como já passava do meio dia e o tempo estava ficando nublado, resolvemos voltar para a pousada e almoçar.
Após o almoço, resolvemos dar uma volta a pé até próximo a balsa, e aproveitei para entrar numa loja de artesanato e de lembranças, e como bom turista comprei umas camisetas com estampas de Ilhabela para presentear minha esposa e minha filha e uma para mim como lembrança da viagem...
Durante esse passeio a pé, o tempo ficou pior, com mais nuvens escuras e começou a ventar muito, resolvemos então voltar para pousada terminar de arrumar as coisas e antecipar nossa travessia de balsa para São Sebastião, antes que começasse a chover.
Na balsa tinha um grupo de adolescentes e alguns adultos responsáveis por eles que estavam bem próximos a rampa de desembarque na frente da balsa, para ter uma visão melhor da travessia, pois as laterais da balsa são totalmente fechadas com chapas impedindo a visão, diferente das balsas que fazem as travessias na Baixada Santista.
Mesmo antes de iniciar a travessia a balsa já balançava muito, pois o mar estava bem agitado, mas conforme ela ia se aproximando do meio do canal, ia ficando cada vez pior, devido as fortes ondas e a criançada estava toda animada com isso, até um determinado momento onde as ondas começaram a invadir a balsa e a molhar a tudo e a todos que estivam a rampa de desembarque, rapidamente todos eles foram para trás, mas com as roupas encharcadas. E durante algum minutos a balsa balançou muito com essa sequência de ondas muito fortes, chegou até a dar um certo medo, nunca tinha pego uma travessia de balsa com o mar tão agitado!
Chegamos em São Sebastião as 16:30, passamos em uma lotérica para que eu pudesse retirar dinheiro, e depois na rodoviária para comprar as passagens.
Quando o nosso ônibus encostou na plataforma de embarque, fomos perguntar ao motorista se tínhamos que soltar as rodas dianteiras das bicicletas? E ele nós disse que poderíamos coloca-las sem desmontar nada que não tinha problema algum...
Embarcamos no ônibus, que saiu de São Sebastião as 20hs, durante a volta começou a chover após a gente passar por Boiçucanga, só parando próximo na Via Anchieta próximo a Santos.
Acabamos descobrindo que essa linha Caraguatatuba-Santos da Litorânea, para em tudo quanto é lugar, perdendo um bom tempo em cada parada, se soubéssemos que pararia também no Guarujá, teríamos comprado as passagem para lá, pois sairiam mais baratas do que pagamos, e pedalaríamos da rodoviária do Guarujá até São Vicente, e ainda teríamos chegado mais cedo...
Pois chegamos na rodoviária de Santos as 23h 50min, e tiramos as bikes do ônibus, arrumamos as bagagens e ainda pedalamos mais quase 9 km para as nossas casas, bem rapidamente para aproveitar a pausa que a chuva tinha dado.
Ao todo foram 205 km em 3 dias, passando por lugares maravilhosos, vencendo as dificuldades do caminho e as nossas limitações, mas a satisfação de ter objetivo conquistado é muito boa e não tem preço! Pena que não tivemos mais tempo disponível para ir mais longe, mas devido a essa falta de tempo, quem sabe não nasce um novo sonho e uma nova viagem...
Mapa da viagem - 3º dia:
Os últimos quilômetros da nossa viagem (Rodoviária de Santos até São Vicente.
Números do 3º dia e finais da viagem:
- 48 Km de pedal (3º dia) e 210 Km (total).
- Nenhuma baixa.
- 168 fotos (3º dia) e 791 fotos (total).
- Gasto de +- R$ 70,00 (passagem + alimentação - 3º dia).
- Gasto de +- R$ 190,00 (total da viagem).
Video da Viagem:
Agradecimentos finais:
- A Deus, por ter nos ajudado a completar a nossa viagem sãos e salvos, sem problema ou susto algum.
- A nossas esposas por terem compreendido o nosso sonho, por ter deixado embarcar na viagem.
- A todos os motoristas que cruzaram por nós na estrada e nos respeitaram, principalmente nas serras e nos mais estreitos da estrada. (obs. não tomamos nenhuma fina).
- Ao Camping Camburi e ao Chales Xibayka por nos terem recebidos tão bem e com muita simpatia.
- A Litorânea Transportes, por terem transportado as bikes, sem ter feito restrição ou exigência alguma.
- E aos amigos e visitantes do blog que tiveram a paciência, de ver todas as fotos e de ler todo esse longo e monótono relato.
QUE VENHAM MUITOS IGUAIS A ESTE!!!!
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