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"Todo sonho é uma derrota em potencial. Para não o realizar, basta manter-se parado. - Argus Caruso Saturnino"

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pedal Trilha do Gasoduto / Paranapiacaba

27/05/2007

Após vários contatos pela internet por quase três meses, eu e Roger conseguimos uma conciliar uma data para pedalarmos junto novamente, e o lugar escolhido foi a trilha do gasoduto que fica próximo a Paranapiacaba.

Porque esse roteiro? Em algumas conversas com o Roger, fiquei sabendo que ele tentou por duas vezes chegar a Paranapiacaba, uma seguindo pela ferrovia, onde foi barrado no meio da serra por um segurança e a segunda tentativa foi por uma trilha no quilombo, onde acabou se perdendo e passando a noite no meio da serra, só conseguindo sair da mesma no dia seguinte, quando conseguiu encontrar a ferrovia.
E eu também tinha muita vontade de conhecer Paranapiacaba há alguns anos, após ter visto algumas reportagens na tv e também algumas fotos e relatos, na internet de pessoas que foram p/ lá.
Então comecei a procurar na internet, como poderíamos chegar pedalando em Paranapiacaba, a partir do alto da serra, pois na época ainda não tínhamoss condições de encarrar uma subida como a da Serra do Mar, e ainda ter que percorrer o caminho até Paranapiacaba.

Acabei encontrando duas opções através do Google Earth:

A primeira opção seria só por asfalto, Rodovia Índio Tibiriçá e Rodovia Dep. Antônio Adib Chammas.
A segunda opção seria por uma trilha que tem início na Estrada Velha ou Caminho do Mar, próximo ao Bar da Lú e é muito usada para motocross e também por jipeiros, e termina na Rod. Dep. Antônio Adib Chammas, perto de Paranapiacaba.

E em conjunto com Roger, não exitamos em escolher a segunda opção, pois nos pareceu ser mais emocionante e mais desafiante e teríamos mais contato com a natureza.

Chegou o dia e bem cedinho, coloquei a bike no carro e fui até a casa do Roger, e com as bikes no carro, subimos a serra, rumo ao Bar da Lú no Caminho do Mar.

Chegando ao Bar da Lú, e encontramos um estacionamento enorme ao lado do mesmo, e mesmo sendo antes das 7:00 da manhã, já tinham alguns carros c/ reboques estacionados por lá, e alguns motoqueiros já se preparando também para iniciar a trilha, o lugar é ponto de partida para muitos aventureiros que vão para a trilha.

Iniciamos o nosso pedal seguindo pelo Caminho do Mar, com uma pequena serração e um friozinho bem gostoso para pedalar, sabia que o início da trilha seria a esquerda por uma estradinha de terra, mas não lembrava qual era a distância em relação ao Bar da Lú.

Estradinha de terra a esquerda para quem segue pelo Caminho do Mar, sentido litoral...

Todos empolgados, achando que já estávamos no início da trilha do gasoduto, e depois de quase 2 km encontramos um portão trancado com cadeado e cercas, e logo percebi que estávamos no lugar errado. (1º erro de percurso do passeio)

Então voltamos para o Caminho do Mar e continuamos seguindo sentido litoral, ainda perdidos procurando o início da trilha.

Acabamos chegando na portaria do Caminho do Mar (2º erro de percurso), onde não era permitido seguir adiante de bicicleta e tínhamos passado e muito do acesso a trilha, e tivemos que retornar sentido Bar da Lú...

E passamos novamente pelo caminho que tínhamos entrado e era o caminho errado, continuamos seguindo em frente sentido Bar da Lú, e logo em seguida, agora sim encontramos a trilha certa, ufa que alívio!!!

Aleluia, estávamos no caminho certo... No início dessa trilha passamos por uma comporta do sangradouro Pequeno Perequê.

Trilha do Gasoduto rumo a Paranapiacaba, contentes e chegando ao primeiro trecho com lama, pois tinha chovido alguns dias antes.

Abrigo dos fiscais, parada para fotos e para apreciar a vista de cima do abrigo, dava para ter uma visão de 360º da região, onde se podia ver uma clareira que segue paralela a trilha, por onde passa o gasoduto.

Eu e a trilha ao lado do abrigo dos fiscais.

De volta a trilha, poças e mais poças pelo caminho.

Riacho que cruza a trilha, serviu para tirar o excesso de lama que acumulava nos v-brakes.

Olha a animação do Roger com a subida logo a frente... Na foto não parece, mas é bem inclinada e com muito cascalho e um pouco de lama, o jeito foi empurrar.

O Roger estava certo! Vista da trilha após a subida.

Grupo de biker que passaram por nós duas vezes na trilha, composto por três homens e uma mulher, que tinha uma buzininha rosa no guidão e foi acionada ao passar por nós como forma de saudação.

Mais uma subidinha, essa mais leve e fácil.

Jipe Troller que passou por nós, além dele encontramos com pessoas fazendo motocross, com alguns bikers e alguns carros e motos de moradores da região.

Rodovia Dep. Antônio Adib Chammas, próximo a Paranapiacaba, optamos por continuar pelo asfalto para a parte alta da vila.

Escadaria do mirante do Vale do Rio Mogi.

Vale do Rio Mogi, pena que estava nublado, não possibilitando a vista de Cubatão.

Eu e o Roger no mirante do Vale do Rio Mogi, ao fundo a ferrovia que liga Paranapiacaba ao pólo industrial de Cubatão

Visto assim até me fez lembrar do Ferrorama, que tinha quando criança... Dá para ver a ferrovia nova (com cremalheira) e a antiga (funicular) que está desativada, um pouco mais acima da nova.

Igreja do Bom Jesus de Paranapiacaba e ruas em frente a mesma.



Parte baixa de Paranapiacaba.


Parada para fotos na passarela que ligam a parte alta a parte baixa da vila e ficam em cima das linhas férreas, com vista do pátio ferroviário e estação de Paranapiacaba com o seu “big ben”...

As composições que iriam descer, ou que tinham acabado de subir a serra.
E também o Museu da Funicular ao lado da linha férrea.

Vagões ao tempo, dá uma dor no coração em vê-los assim!!! Quando poderiam estar em operação em alguma linha turística, ou em perfeito estado de conservação em algum museu ferroviário.

Mapa da Vila de Paranapiacaba, patrimônio cultural e natural.

Pausa no famoso Bar da Zilda, para o merecido lanche, descanso e um bate papo, em meio ao grande número de motoqueiros.

Hora de voltar, agora pelo acesso a parte baixa.

A SAHIDA é por ali, com direito a mãozinha e tudo.

Mais um descaso com a história das nossas ferrovias, locomotiva antiga e vagões, se deteriorando ao tempo. E o Roger tentando manobrar a locomotiva.

Última visão do pátio ferroviário de Paranapiacaba.

E não demorou muito para aparecer esse subidão, olha a alegria do Roger!!!

Esperando a locomotiva passar, e quase …

De volta ao asfalto. Olhando para trás, de onde tínhamos acabado de sair da estradinha de terra,
(a esquerda).

Novamente subindo, mas desta vez no asfalto e bem suave que a subidona de terra.

Agora sim, o Roger estava alegre e animado.



De volta a trilha do gasoduto, onde o Sol voltou a brilhar! E onde encontramos as melhores paisagens, mas também os trechos com maior dificuldade do passeio.

Roger e a sombra do fotografo, que não foi convidada para a foto.

E encontramos até um búfalo a beira da trilha, mas ele não estava muito animado com a nossa presença,
 e muito menos em tirar fotos.

Barragem próximo a comporta do sangradouro, estávamos quase terminando a trilha.

Comemoração no final da trilha, daqui em diante só um pequeno trecho de asfalto no Caminho do Mar.
Obs. A placa cita a proibição da prática de esportes off roadd e motocross, para jipeiros e motociclistas... Como não cita ciclistas ou mountain bike, não tinha problema em estarmos na trilha

Bar da Lú, local onde deixamos o carro, início e fim do nosso pedal.

Bikes acomodadas para o retorno a Baixada Santista.

E a lua já brilhava no céu, anunciando o cair da noite.

Essa foi a segunda vez que eu e o Roger pedalamos juntos, mas foi o suficiênte para ter certeza que ele era um excelente companheiro de pedal, pois tinha a mesma paixão por pedalar em meio a natureza ou por estradas, em busca de lugares bacanas, sem pressa, em ritmo de passeio, e não encarando o pedal como um treino ou competição, respeitando o ritmo e as limitações um do outro. E tinha certeza que ainda faríamos muitos pedais juntos.

Mapa da Trilha do Gasoduto (iníco: Bar da Lú, Caminho do Mar - término: Paranapiacaba)
Obs. sem os erros cometidos no passeio



Números do pedal: Quase 50 km de pedalarmos
                              Nenhuma baixa.


+ informações sobre:



2 comentários:

  1. Cara, muito interessante a aventura de vocês. Como pretendo começar a ter um pouco de atividades físicas - recomendação médica - achei o montain bike desafiante. Será que vocês conhecem algum outro percurso aqui na baixada Santista?

    esapg@ig.com.br

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  2. Parabéns pelo pedal, ja havia ido muitas vezes de bicicleta para Paranapiacaba e não conhecia esse caminho saindo do Caminho do Mar por dentro. Muito legal, sempre aprendendo com outros ciclistas. For pedalar denovo pelo ABC, vamos juntos.... cicloabraços Joaozinho (Santo André-SP)

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