Rio Jurubatuba
31/07/2010
Com a visita do meu primo Bruno, que mora em Curitiba e veio passar uns dias de férias com a gente no litoral, e já estava em casa a uma semana e louco para fazer uns passeios de bike pela Baixada Santista.
E não foi a primeira vez que pedalamos juntos, já tínhamos pedalado em São José dos Pinhais:
E também aqui na Baixada (São Vicente, Santos e Guarujá):
E não era só ele que estava doido para um fazer passeio de bike, eu também estava, pois já fazia um pouco mais de um mês que tinha feito o meu último pedal a lazer, na Estrada de Manutenção.
Obs. Mesmo fazendo mais de um mês que não pedalava a lazer, não significava que estava um mês sem pedalar, pois nesse período pedalei por volta de 1000 Km, mas a serviço, que apesar de não ter o mesma satisfação de um pedal a passeio, pelo menos me ajuda a me manter pronto para quando surge a oportunidade de um pedal mais longo.
Então um dia antes, fiz o convite ao Bruno para fazermos um pedal para Bertioga, atravessando o Guarujá praticamente de ponta a ponta, o que daria um pouco mais de 90 Km (ida e volta), podendo chegar a mais de 100 Km com mais algumas voltas pela cidade e arredores.
A noite deixamos tudo pronto, ou quase tudo para sairmos bem cedo, por volta das seis da manhã, mas acabamos demorando um pouco mais, e só saímos de casa as 06:15 e ainda tínhamos que passar na casa do meu pai, pois tinha esquecido de pegar umas câmeras de ar reservas.
Ao chegarmos no acesso a balsa e estava tudo cheio, de carros, de motos e de bikes. Menos as balsas, que estavam vazias...
Conversando com umas pessoas que estavam lá, descobrimos que as travessias estavam interrompidas desde a madrugada, devido a colisão de um navio com uma plataforma das balsas no Guarujá e não existia a previsão de quando seriam liberado a travessia das balsas.
Como não havia previsão de horário para atravessarmos para o Guarujá, e não estava com vontade de ficar ali parado esperando, decidi que iríamos dar a volta por estrada indo por Cubatão
imunda, fedida e abandonada ciclovia da Avenida Portuária.
No final da ciclovia, tive a infeliz ideia de seguirmos pelo Porto de Santos.
No trecho onde tirei essas fotos tudo bem, só tínhamos que nos preocupar com o tráfego de caminhões e os paralelepípedos que incomodavam um pouco, mas logo a frente os paralelepípedos estavam molhados e cheios de lama e graxa, deixando tudo muito sujo e escorregadio...
Via Anchieta após acesso da interligação com a Imigrantes e antes do acesso a Rod. Piaçaguera-Guarujá.
A essa altura, já tínhamos mudado os planos, desistimos de Bertioga e o novo destino seria o Rio Jurubatuba, na área continental de Santos, indo pela Rod. Piaçaguera sentido Guarujá.
Mas antes disso uma voltinha por Cubatão no pé da Serra do Mar...
E pela refinaria Presidente Bernardes, até o Cruzeiro Quinhentista, que não paramos de início e seguimos em direção a portaria do Caminho do Mar que fica a pouco metros...
E para a minha surpresa não tinha ninguém na mesma e a cancela estava levantada, talvez devido algumas obras que estavam sendo feitas alguns metros adiante da mesma...
De início fiquei na dúvida se deveria seguir adiante, ainda mais com uma viatura da Dersa que estava parada poucos metros a frente da guarita, mas a vontade falou mais alto e seguimos pelo Caminho do Mar muito contentes e com o pensamento de o que vier é lucro! E vamos ver até onde a gente consegue subir sem sermos barrados.
Passamos pela viatura e pelas pessoas e máquinas que estavam trabalhando na obra, mas a alegria de podre dura pouco!!! Com apenas 1 Km percorrido após a guarita próximo ao Cruzeiro Quinhentista, existe outra cancela e um posto de atendimento a visitantes, a cancela estava levantada e tinha um segurança ao lado da mesma, chegamos até a passar pela mesma, mas logo em seguida o segurança nos disse:
- Aonde vocês vão?
Disse a ele que gostaríamos de subir, mas ele disse:
- Tem que conversar com a monitora.
Que educadamente nos informou o que já sabíamos, que não poderíamos subir de bicicleta naquele dia e que teríamos que agendar no site http://www.cicloaventureiros.com.br/ . Perguntei se não poderíamos subir a pé, e ela novamente disse que não, pois já tinham 500 pessoas agendadas para acessar o parque naquele dia, e que era o limite máximo, mas poderíamos vir durante a semana de terça a sexta, onde a procura é bem menor, que conseguiríamos tranquilamente. Não teve jeito e acabamos retornado e parando no...
Cruzeiro Quinhentista, onde fizemos um pequena pausa para tomarmos o açaí que tinha levado na mochila, só não contava que um dos potinhos tivesse vazado e melado toda a mochila.
Após a pausa para o açaí voltamos a pedalar pela Rod. Piaçaguera-Guarujá e rapidamente o pólo industrial ficou para trás e chegamos a divisa de Cubatão com Santos...
E logo depois o início da subida da pequena Serra do Quilombo, que foi facilmente vencida, destaque para o Bruno, que subiu num ritmo mais forte...
No topo da serra, antes do início da descida no lado esquerdo da pista, havia um ponto de água e estava contando com mesmo para enchermos as caramanholas e garrafas plásticas que carregava na mochila, que estavam quase vazias, devido ter usado parte da água delas para tentar limpar a mochila que estava melada de açaí, mas infelizmente não achamos e seguimos em frente...
Descemos embalados a Serra do Quilombo, onde pudesse avistar ao longe a cidade de Santos.
Rio Jurubatuba, visto sentido Guarujá, onde saímos da pista e passamos por baixo da ponte para acessar...
Além desse ainda encontramos mais um, também queimado.
Trilha, um pouco antes de chegar a estação de captação, perto da mesma existe um portão e estava fechado e com cadeado, mas com jeitinho deu para passar ao lado do mesmo.
Após o portão tinha um caminhão da Sabesp estaciona
do ao lado da estação, e um funcionário próximo ao mesmo, que não percebeu a nossa presença, aquela altura precisávamos de água e estação resolveria o nosso problema, mas resolvemos não parar lá, pois o funcionário poderia barrar a nossa entrada na trilha logo a frente e acabamos seguindo pela mesma.
Logo no início da trilha e uma bela visão do rio, o Bruno queria ficar por aqui, mas disse a ele que o melhor estava mais para frente...
Mata a dentro, em muitos trechos era praticamente impossível pedalar, pois tinham muitas subidas e com muitas pedras soltas e com limo e um terreno muito irregular e com várias raízes de árvore e alguns galhos e pequenos trocos de árvores caídos no caminho.
1º riacho que corta a trilha, parada para encher as caramanholas e para lavar o interior da minha mochila o isolante térmico e os potinhos que estavam melados de açaí
Um lugar magnífico que conheci a 3 anos atrás, junto com o meu quase irmão Roger, que se mudou para Socorro – SP, e o pessoal do Domingo na Bike, encabeçado pelo Fernando (o Cronópio do fórum do pedal.com.br).
Apesar da água estar muito gelada, não resisti a vontade de tomar um banho nessas águas cristalinas , só o Bruno que não teve coragem e só molhou as pernas, logo ele que está acostumado ao frio de Curitiba.
Após quase uma hora aproveitando a piscina natural, chegou a hora de ir embora para a nossa caótica civilização, última visão do paraíso.
A volta pela trilha foi bem mais rápida do que na ida, pois foram mais descidas do que subidas, e conseguimos ir pedalando mais do que empurrando.
E logo estávamos na estação de captação de água e depois no portão de acesso, e ao passarmos ao lado mesmo, descobri que um dos trilhos de fixação do selim da minha bike estava quebrado, mas por sorte dava para continuar pedalando sentado normalmente, e seguimos pela estradinha de terra até retornarmos novamente a rodovia.
Enquanto estávamos na Rod. Piaçaguera-Guarujá indo para Av. Ademar de Barros, o Bruno tomou a dianteira e acabei ficando um pouco para trás, pois não conseguia mais manter o ritmo de 23 a 25 Km/h que tínhamos conseguido na Anchieta e na Piaçaguera, nos trechos planos na ida, o máximo que conseguia era 19 a 21 Km/h, que é o que estou mais acostumado a pedalar no dia a dia.
Shopping Ferry Boat, terminal de ônibus e das travessias de barca rumo a Santos.
Porto de Santos e Edifícios na Ponta da Praia
Na travessia da balsa, descobri que as mesmas foram liberadas para operação, vinte minutos após a nossa saída, onde acabamos indo para Cubatão e depois ao Jurubatuba. Mas não posso reclamar da mudança de planos, pois acabou sendo um excelente passeio.
Ciclovia na Ponta da Praia
Mapa do passeio:
Obs. O percurso da trilha após a estação de captação de água, não está preciso, pois a bateria do meu celular descarregou, impossibilitando usar o GPS do mesmo para traçar o percurso correto até a piscina natural.
Números finais:
- 100 Km de pedal.
- 9h de passeio (tempo total)
- 201 fotos
Baixas:
- 01 selim quebrado (minha bike).
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