...

"Todo sonho é uma derrota em potencial. Para não o realizar, basta manter-se parado. - Argus Caruso Saturnino"

Quem sou eu

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pedalando com meu amor.

Paranapiacaba
24/06/2011

Muito mais que companheira...

A pouco mais de quatorze anos conheci uma mulher por qual me apaixonei, durante esses anos pude perceber que encontrei uma companheira maravilhosa, que sempre esteve junto e me deu força principalmente nos piores momentos, que se tornou uma excelente mãe, dedicada, carinhosa, generosa, com coração enorme, e sempre disposta a ajudar e defender os amigos e a as pessoas que ela ama...

Ela é uma mulher quase perfeita, talvez o seu único defeito seja implicar com os meus passeios de bike... Pois ninguém é perfeito!


Um passo de cada vez...

Há um bom tempo vinha querendo fazer um passeio de bike com a minha esposa Simone, mas sempre que a convidava ela não queria. E geralmente após os meus passeios ela dizia que eu não a tinha convidado...

Mas convidar ela para os passeios com grau de dificuldade maior, sem ela estar preparada seria dor de cabeça na certa, e também a desencorajaria de continuar pedalando.

Então resolvi programar um pedal curto para a gente fazer no feriado de Corpus Christi, não muito longe da Baixada Santista, um lugar legal, turístico, com muita história e cercado por muito verde...

Onde pedalaríamos um pouco por estrada de asfalto, um pouco por terra, por ruas de paralelepípedo e com um pouco subidas...

Vários ingredientes legais para ver se ela também pegaria gosto de fazer passeios de bike.

Paranapiacaba foi o lugar escolhido, então na Sexta-Feira por volta das 8h da manhã colocamos as bicicletas no carro, a minha foi em cima no rack e a da minha esposa foi dentro do carro, pois ainda não providenciei uma peça para poder utilizar a segunda calha do rack.

Pegamos estrada rumo a Paranapiacaba, deveríamos chegar em menos de 1h 30 min de viagem, mas dois erros meus acabaram nos atrasando um pouco, e demoramos 2h para chegar ao local onde deixaria o carro.

E quando faltava menos de 100m para chegar, escutamos um barulhão e vimos o vulto de uma bicicleta se chocar com o lado esquerdo do carro...
Instantaneamente pensei:
"De onde saiu essa bicicleta que está batendo no meu carro!!!"

Demorou dois a três segundos para cair a ficha, e perceber, era a minha bicicleta que havia se soltado parcialmente do rack, e estava pendurada na lateral do carro. Sorte que já estava chegando e estava bem devagar, a no máximo uns 30 km/h.

Local onde deixamos o carro para iniciar o pedal.

Ao parar o carro pude perceber os estragos que ocorreram com a queda da bicicleta:

- A ponta da calha ficou totalmente torta e sem chance de reaproveitá-la, perca total!!!

- O carro ficou com alguns amassados e vários arranhões na lataria...

- E a bicicleta também ficou com alguns arranhões.

Tudo isso culpa minha, pois não coloquei o parafuso que prende a barra ao quadro, para evitar o balanço lateral da bicicleta com o carro em movimento. Na pressa ao sair de casa julguei não ser necessário, pois a viagem era curta.

Carro já sem a calha danificada.



Graças a Deus que foi só um susto, sem conseqüências maiores, então montamos as bicicletas e iniciamos o nosso passeio de bike, sem ficar pensando muito no ocorrido.

A ida para  Paranapiacaba foi pela rodovia...

5 km de asfalto...

Com algumas subidinhas suaves...


Até chegarmos à subida final, chegando à parte alta da Vila de Paranapiacaba.

Essa subida é um pouco mais íngreme que as anteriores, mas para a minha surpresa a Simone subiu sem empurrar, só parando no meio da mesma para beber um pouco de água.

(Foto de Abril de 2011 - Pedal De Tudo Um Pouco)
No final da subida, antes do estacionamento de visitantes, fica o mirante do Vale do Rio Mogi.


Vista do Vale do Rio Mogi e da Ferrovia Santos Jundiaí, estando menos nublado é possível ver melhor o pólo industrial de Cubatão ao fundo.

Igreja de Bom Jesus de Paranapiacaba.

Vista da parte baixa da vila.




Ruas da parte alta, onde as construções são em estilo português.


Fotos na passarela que une a parte alta a parte baixa da vila.

Estação de Paranapiacaba e pátio ferroviário.


Museu ferroviário de Paranapiacaba, pena que me esqueci de levar a corrente e o cadeado para prender as bicicletas, não foi desta vez que conheci o museu.

Castelinho imponente no alto do morro.





Pedalando pela rua direita.

Casas da parte baixa da vila, em estilo inglês.


Mesmo sem estar acostumada a pedalar e tendo que enfrentar algumas subidas, nada tirava a alegria do meu amor!



Trilha que leva a...

Portaria do Parque Nascentes de Paranapiacaba.

Nessa portaria passei pedalando pela cancela, e logo em seguida um senhor que estava sentado em frente à casinha chamou minha atenção, pois não é permitido entrar no parque sem a companhia de um guia, e disse também que não poderíamos entrar com as bicicletas.

Fizemos meia volta e retornamos ao centrinho da parte baixa da vila, seguindo para o castelinho.


Relógio e estação vistos de bom longe com ajuda do zoom.


Portão de acesso ao Castelinho.

Vista na subida para o castelinho.


Fachada do Castelinho.

Vista da varanda lateral.

Novamente a corrente e o cadeado fizeram falta, pois não pudemos fazer a visitação juntos, pois um tinha que tomar conta das bicicletas...

Minha esposa insistiu para que eu fosse primeiro, meio contrariado acabei indo enquanto ela ficou do lado de fora tomando conta das bicicletas.

O interior do Castelinho.

A visitação é feita em companhia de uma guia, que vai contando...

Primeiros Cômodos.
(Fotos abaixo, clique nas mesmas para melhor visualização)




A história da casa, da mobília e dos objetos decorativos que estão dentro da casa.
E alguns fatos e curiosidades referente à casa, ex:
As primeiras salas são pintadas de vermelho, inclusive a sala de espera onde eles deixavam as pessoas esperando por um bom tempo, tomando um chá de cadeira até serem atendidas pelo Engenheiro Chefe, pois a exposição por muito tempo a essa cor, causa stress físico, cansaço e irritação, com isso algumas pessoas desistiam de serem atendidas ou procuravam não demorar muito tempo quando eram atendidas, para sair o mais rápido possível de lá.

Fotos antigas da ferrovia, e funcionários.
(Fotos abaixo, clique nas mesmas para melhor visualização)












Placas decorativas para vagões com nomes de pessoas ilustres.
(Fotos abaixo, clique nas mesmas para melhor visualização)




Mobília e objetos antigos utilizados na Vila de Paranapiacaba.
Cômodos Amarelos e Azuis.
(Fotos Abaixo, clique nas mesmas para melhor visualização)








Os cômodos iniciais são pintados em vermelho, para que os visitantes não ficassem muito tempo, mas os demais cômodos da casa são pintados em amarelo e azul bem claro, num tom bem agradável, se os visitantes chegassem até ali eram muito bem vindos!

Mas nem tanto, pois quase todos os cômodos possuem lareiras, e paredes de madeira duplas com um espaço entre a primeira e a segunda parede, para fazer o isolamento térmico e duas janelas...

Menos o quarto de hospedes, que não possuí lareira e nem isolamento duplo e de quebra possui três janelas e viradas para o lado onde sopra a brisa vinda do litoral pelo Vale do rio Mogi!

Maquete da Vila de Paranapiacaba.
(Foto abaixo, clique nas mesmas para melhor visualização)


Obs. Maquete com algumas avarias causadas por vândalos que arrombaram o Castelinho.

Janelas do piso superior

Através das janelas do piso superior do Castelinho é possível ver praticamente toda a Vila de Paranapiacaba.
(Fotos abaixo, clique nas mesmas para melhor visualização)






Diz a lenda que os operários da São Paulo Railway para “enrolar” o engenheiro-chefe da companhia, gritavam: “Vamos trabalhar para o inglês ver”. Quando ele aparecia na janela do Castelinho.

Nos dias de hoje com o efeito estufa, e com aquecimento global os dias são mais quentes do que naquela época, são poucos os dias que não é possível avistar toda a vila na maior parte do dia, mas no final do século 19 até quase meados do século 20 as temperaturas eram mais amenas, e a maioria dos dias a Vila era tomada por uma névoa ou neblina na maior parte do dia, o que tornava quase impossível visualizar o pátio ferroviário do alto Castelinho.

 Mesmo assim os ingleses criaram o mito que o engenheiro-chefe, sempre estava a observar tudo o que ocorria na vila. 

Fotos antigas de moradores da vila...
Casamento, famílias de engenheiros e de operários, turmas escolares, time de futebol, de comemoração e grupo musical.
(Fotos abaixo)












Foram aproximadamente trinta minutos de visitação, onde pude conhecer o interior do Castelinho, e aprender um pouco mais sobre a antiga ferrovia São Paulo Railway e sobre a Vila de Paranapiacaba, por apenas R$ 2,00 é um passeio mais que recomendado!

Depois da minha visitação, era a vez da Simone conhecer o Castelinho, mas ela não quis entrar, pois estava com um pouco de pressa para voltar para casa, pois estava preocupada com a Bia e com o Tiaguinho...


Então saímos do Castelinho para dar um passeio pelas ruas da vila.


Casa onde funciona um atelier de esculturas, xilogravuras e literatura de cordel.


Biblioteca da vila.


Outro acesso ao Parque Nascentes de Paranapiacaba, mas estava fechado.

Antigo Mercado.



Rua Campos Sales.

Castelinho visto da praça do mercado.



Chalé da Cabeleireira.



Rua da Estação.

Virador de locomotivas.

Uma saída diferente...

Que leva a uma locomotiva que está se deteriorando ao tempo...










Assim como vários vagões de carga e de passageiros...


Bem ao lado da estradinha de terra que liga o bairro de Campo Grande a parte baixa da vila.



Tudo tranquilo até chegarmos a uma...




Forte subida, onde a Simone não aguentou subir pedalando e terminou empurrando...


Mas nem isso a desanimou.


Pequeno córrego que corta a estrada.


Com aproximadamente dez quilômetros pedalados, já era possível avistar o santo que fica no alto da capelinha, onde deixamos o carro estacionado e iniciamos o nosso passeio de bike...


Mas antes ainda tínhamos que...

Atravessar a linha férrea ao lado da...

Estação Campo Grande, que se encontra completamente abandonada.



Pátio de manobras Campo Grande, que fica ao lado de onde iniciamos o pedal.

Subindo o acesso para a capelinha em Campo Grande...

Onde encerramos o nosso passeio de bike.


Após uma pequena pausa para batermos mais umas fotos, coloquei as duas bikes dentro do carro...

E pegamos estrada rumo a casa, só fizemos uma pequena pausa para comprarmos um lanche, pois já estávamos com fome.


A volta foi bem rápida, pois desta vez não cometi nenhum erro e tudo transcorreu muito bem. O único incidente em todo o passeio, foi a quebra da calha chegando em Campo Grande.

Mapa do Passeio:


Números Finais:


Total pedalado:      13 km.
Tempo total:           6h 30 min (Incluindo todas paradas e viagem de carro).
Baixas:                    1 Calha para transportar bicicleta.  
Tombos:                  Nenhum.
Custo:                     + - R$ 70,00 (Gasolina, Pedágio, Museu e Lanche).

5 comentários:

  1. Show de passeio Vini... tambem faço alguns passeios com a esposa, mas tambem tem que ser light pois ela não aguenta muito... mas tá valendo...

    abraço

    ResponderExcluir
  2. e isso ai, melhor a esposa que os barbados!hehe!novas parcerias, novos caminhos e cada vez mais expectativas!Fiz um passeio com minha gatona esse fds mas foi so ate a decatlon. falou vini!

    ResponderExcluir
  3. Parabéns, Vini! Primeiro por ter convidado a esposa, segundo pelo relato e fotos do passeio, que ficaram Ótimos!
    Espero que a esposa pegue gosto e continue a te acompanhar nos passeios de bike.

    Grande abraço ao casal pedal!!!

    ResponderExcluir
  4. hola, tchê!
    devagarzinho ela vai ir cada vez mais longe com vc!!
    parabéns pelo passeio,
    abraços
    Elton Xamã

    ResponderExcluir
  5. Muito bonitas as fotos! Aqui na minha região, de Botucatu, quase não tem essas casas antigas, o pessoal não conservou quase nada. Parabéns por levar a esposa contigo! Abraço

    ResponderExcluir