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"Todo sonho é uma derrota em potencial. Para não o realizar, basta manter-se parado. - Argus Caruso Saturnino"

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estrada de Manutenção da Imigrantes

Dezembro de 2006...

Após estar envolvido na montagem das minhas bicicletas em busca de uma boa e confiável para os meus passeios mais longos, chegou a hora de pedalar em lugares diferentes aos que eu treinava quase que diariamente.

E uma fonte de inspiração e de aprendizado sobre bikes e cicloturismo para mim, é o site http://www.pedal.com.br/ , sempre que posso dou uma passada no fórum, foi lá que fiquei sabendo da existência da Estrada de Manutenção da Imigrantes, através de um tópico onde o pessoal estava relatando alguns passeios na mesma e também combinando futuros passeios.

Estrada de Manutenção da Imigrantes: Também conhecida como Estrada de Serviço da Dersa, e carinhosamente apelidada de “Manú”, é uma pequena estrada, na maior parte de sua extensão fechada ao trânsito de veículos, que serpenteia acompanhando de perto os traçados da Rodovia dos Imigrantes (SP-160) e da Rodovia Anchieta (SP-150), e desce a serra cortando por dentro o Parque Estadual da Serra do Mar.

E passado alguns dias acompanhando o tópico no fórum, apareceu uma oportunidade de combinar um passeio com mais duas pessoas do fórum, um era o Leonardo (Caiçara) que morava no Guarujá e o outro não lembro o nome. Começamos a trocar mensagens no tópico e dois antes da data escolhida (03/12), essa pessoa que não lembro o nome disse que não daria para ele ir. No dia 02 no início da noite liguei para o Leonardo para combinar o local e o ponto de encontro, pois apesar de morarmos na mesma região (São Vicente e Guarujá), não daria para sairmos juntos aqui da Baixada Santista, devido o horário que iria sair do serviço e só poderia subir a serra em cima da hora e o Leonardo iria bem antes.

Chegou o dia, sai do serviço as 07:00 e passei na casa do meu pai, que me levou de carro até o Rancho da Pamonha, poucos quilômetros antes de chegar vimos três ciclistas no acostamento da Imigrantes, indo em direção ao acesso da Estrada de Manutenção, e como estava um pouco atrasado, uns 10 minutos, fiquei pensando se um dos três não seria o Leonardo... O pensamento virou preocupação, ainda mais quando cheguei ao Rancho da Pamonha e nada do Leonardo, esperei mais uns 5 minutos e então liguei para ele, e tive a péssima notícia: que ele não poderia ir, pois ele teve problemas com a bike próximo ao terminal do Jabaquara, e não tinha encontrado nenhuma bicicletária até aquela momento (08:45) e que ele estaria retornando a Baixada de ônibus mesmo...

Então tinha duas opções:
- Colocar a bike no carro novamente, descer a serra e deixar o passeio para uma outra oportunidade, ou
- Encarrar o passeio sozinho, sem conhecer o caminho, só olhei algumas vezes no Google Earth e com o risco de errar em alguma das bifurcações e parar num dos bairros Cota, onde já li relatos de roubo de bikes, ou o risco de ser barrado durante a descida pela Polícia Rodoviária e ter que retornar ao ponto de partida.

Já que tinha subido a serra, resolvi continuar a minha aventura, me despedi do meu pai e sai pedalando pelo acostamento da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, foram aproximadamente 2 km até chegar ao acesso da Estrada de Manutenção:

E logo no início um portão fechado com cadeado, o jeito foi me pendurar para pular, se tivesse acompanhado teria sido bem mais fácil, o resultado disso foi que acabei rasgando um pouco a bermuda e arranhando um pouco os braço. Durante a descida encontrei mais alguns portões fechados, mas ao contrário deste, não precidei pular nenhum, pois dava para passar ao lado deles.

Após o portão de acesso andei aproximadamente 1,1 km até chegar a primeira bifurcação, onde fui pela esquerda e acabei indo por um caminho pouco utilizado por quem desce a Estrada de Manutenção, esse trecho em algum pontos está bem abandonado e má condições de conservação, com mato na pista e algumas erosões. Esse caminho da “esquerda” acaba se encontrando com o caminho da “direita” após uns 3,8 km e esse trecho tem aproximadamente 300m a mais que o da “direita”

Caminho que utilizei no início da Estrada de Manutenção (vermelho), e o caminho da "direita" o mais utilizado (amarelo).

Cena rara! Eu de capacete, só utilizei em dois passeios (Estrada de Manutenção e Rio Jurubatuba), nada contra, só uma questão de gosto.

 Grande estréia para a minha nova bike!!! Muita mata atlântica e penhascos durante o caminho, com vistas maravilhosas, pena que tinha uma espécie de nevoa ao fundo, que deixava a vista meio embaçada.

Trecho abandonado, com muito mato na pista e com descidas bem íngremes, ainda no caminho da “esquerda”

Após alguns poucos quilômetros isolado em meio a mata, só ouvindo os barulhos de carros ao longe, o reencontro com a Rodovia dos Imigrantes.

Túnel que sai no meio de um dos túneis da Rodovia dos Imigrantes, não entrei nele, pois logo em seguida parou uma caminhonete ao lado e fiquei com medo que a pessoa que estava nela, me questionasse o que eu estava fazendo ou se tinha permissão para estar lá, então continuei o meu caminho.

Cachoeira no meio da descida da Serra do Mar.

Uma grande obra de engenharia do homem, em meio a exuberante natureza.

Uma das bifurcações que existem na Estrada de Manutenção, em todas segue-se pela direita, menos nessa! Podem ver que não tem indicação nenhuma p/ direita e eu acabei seguindo justamente p/ direita e poucos metros depois a estrada estava com muito mato, de novo com o aspecto de abandono e mais algum metros e descobri que não tinha saída, terminava na pista ascendente da Imigrantes, próximo a uma entrada de túnel, o jeito foi retornar por onde pelo mesmo caminho e empurrando, pois a subida é brava!

Ao fundo a Serra do Mar, Rodovia dos Imigrantes e a cachoeira que tinha passado a alguns quilômetros atrás.

Quase no final da descida da Estrada de Manutenção.

Rio Pilões em Cubatão, e o fim da Estrada de Manutenção.

Após cruzar o Rio Pilões, segui por uma estradinha asfaltada a esquerda que passa por um bairro bem simples, antes de chegar a uma unidade da Refinaria da Petrobras e ao trevo das Rodovias Anchieta e Piaçaguera-Guarujá.

Segui pela Rodovia Anchieta, interligação e Rodovia dos Imigrantes, passando pela bela Ponte Estaiada, seguindo para casa.

Foram pouco menos de 50km, mas com um sabor enorme de vitória, pois consegui descer a Estrada de Manutenção, sem ser barrado, sem nenhum tombo ou problema com a bike e com tempo bom, foi tudo perfeito!!!

7 comentários:

  1. Meu, Show de bola sua aventura.

    Se tiver interesse em repetir o percurso, por favor me comunique (fabiano9@ig.com.br).

    Abraços

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  2. Parabéns pela aventura. Verão de 2004/05, fui de Brasília (onde moro) até a Nascente do Tietê pedalando minha bike (na época uma Giant). Foram 8 dias de pedal. Passei a virado do ano 2004 2005 numa pousada em Salasópolis, bebendo água do Tietê na hora da virada. Em outra oportunidade irei à Grande SP para fazer a Estrada da Manutenção, depois Estrada Velha de Santos e Estrada da Petrobras. Abraços e parabéns pelas fotos e pela aventura. Fernando Mendes - Brasília-DF. fmendes59@gmail.com

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  3. ae legal esse seu role quando for de novo me chama q eu vo email:leandro.lnr@hotmail.com

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  4. OLá, tenho ido , de carro, pelo acesso da Imigrantes , colado na boca to Tunel 09, km51 loga na saida do tunel 10/11 fica na direita , acessa o acostamento e , devagar,logo se vê a entrada, tem uma passagem pra direita que te leva no Cota 200 e acessa Via Anchieta,logo na descida.
    Tenho que explorar ooutro lado que voçe incia o trajeto , pra mim foi esclarecido com o seu relato!De carro é tranquilo , leva a bicicleta dentro do carro, ou em cima. de cada um.

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  5. Eu quero ir sou de sao vicente
    Jmfiorucci@hotmail.com

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  6. Olá Márcio, desculpe pela demora...

    Enviei uma solicitação de amizade no Facebook, me adiciona e ai a gente pode conversar melhor.

    Abraço e até +

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  7. Falai vinicius blz, quando quiser me chame tenho mais 2amigos que querem fazer este passeio e por sinal foi um belo passeio seu. meu e-mail é alexandregatto0@gmail.com fico no aguardo mor em Santo André proximo da volks valeu e baraços...

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