SimulAudax 200 – Litoral Norte
27/10/2010
Olá amigos do pedal, depois de quase um mês e meio realizei mais um passeio, que também é um desafio pessoal, pedalei pouco mais de 200 km em um dia, simulando um Audax 200, mas sem a preocupação de terminar no menor tempo possível, parando para tirar fotos, para apreciar a vista, e se possível terminar dentro do tempo limite de 13 horas.
Desde do início do mês de Outubro, vinha planejando um passeio subindo a Serra do Mar, passando por Paranapiacaba, etc... Pedalando um bom trecho por estradinhas de terra.
Mas vinha adiando o mesmo devido as chuvas, que teimosamente insistiam em cair nos dias anteriores, ou no exato dia em que eu programava o passeio, inviabilizando o mesmo.
E com passar dos dias e com a proximidade do final do mês, decidi que o passeio tinha que acontecer no dia 27, mas a chuva insistiu em me atrapalhar, chegando no dia 25 a tarde e permanecendo por todo o dia 26, só parando a noite, deixando algumas dúvidas quanto ao dia seguinte, a data limite para o passeio.
Antes de dormir, deixei tudo preparado para sair bem cedo (pilhas carregando, câmera fotográfica, documento e dinheiro separados, uma garrafa d' água e uma de açaí com leite no congelador, uma câmara de ar “extra” numa pequena mochila).
Coloquei o celular para despertar para as 05:30 e fui dormir, dormi como uma pedra e acordei espontâneamente, sem o despertador e já estava um pouco claro, olhei para o meu relógio, e para o meu espanto eram 06:00, mas o que houve com celular para não tocado o despertador??? E cade o celular??? Depois de alguns segundos procurando em baixo do meu travesseiro, descobri que estava deitado em cima dele, e com isso abafei o som do alarme.
Levantei e a primeira coisa que fiz, foi olhar pela janela da sala como estava o tempo.
Mas devido as chuvas dos dias anteriores, resolvi colocar o Plano B em ação e mudar o meu destino , pois não estava disposto a encarar as poças de água e de lama das estradinhas de terra, com os meus pneus 1,75 sem travas, e ainda correr o risco de descer a Serra com o piso molhado e escorregadio, devido a possibilidade de chuva que não estava totalmente descartada.
Então como não ia mais me aventurar Serra do Mar acima, resolvi fazer uma nova simulação de Audax 200, mas desta vez seguindo para o Litoral Norte, ao contrário da minha primeira simulação em Outubro de 2007, onde segui sentido Litoral Sul de São Paulo. http://cicloturismobaixada.blogspot.com/2010/07/simulaaudax-200.html
Outra diferença em relação a minha primeira simulação, foi que estava disposto a encarar o pedal como um passeio, como citei no início do relato.
E pela Rodovia Piaçaguera-Guarujá, passando pelo Polo Industrial de Cubatão.
Serra do Mar ao fundo, estaria pedalando lá em cima, justo nesse trecho rumo a Paranapiacaba, se a chuva tivesse colaborado!
Serra do Quilombo, Rodovia Piaçaguera-Guarujá, primeira serra do SimulAudax, bem tranquila de subir, 135m de desnível em aproximadamente 2 km.
Descida da Serra do Quilombo, onde é possível ver a cidade de Santos ao fundo
A Rodovia Rio-Santos.
Um trecho que nunca tinha pedalado, da Rod. Piaçaguera até o trevo de Bertioga.
Segundo serra do SimulAudax, também bem tranquila de subir, só tem um pequeno trecho que está em obras, onde não tem acostamento, mas como o transito estava bem tranquilo, não tive problemas.
Vista da área continental de Santos.
Logo após passar a divisa de Santos com Bertioga, voltei a pegar o asfalto molhado, e apesar das nuvens escuras que rondavam essa região, tive sorte de não pegar chuva que por sorte caiu um pouco antes da minha passagem.
http://cicloturismobaixada.blogspot.com/2010/09/vila-de-itatinga-bertioga.html
Rio Santos, trevo principal de Bertioga.
No trecho de Santos a Ubatuba, a Rio-Santos é uma rodovia estadual (SP 55), e de Ubatuba ao Rio ela é uma rodovia federal (BR 101).
Com 75km pedalados fiz uma parada para ir ao banheiro, fazer um pequeno lanche...
E também para remover o excesso de areia e sujeira da bicicleta, com uma mangueira do posto de gasolina.
Após alguns minutos parado, estava de volta a estrada, seguindo pelas longas e intermináveis retas.
Rio Itaguaré, Bertioga.
Pequeno aclive, próximo as Praias de Itaguaré e Guaratuba...
E o acesso da Petrobras a praia, que fica no início do aclive das fotos anteriores.
E o acesso da Petrobras a praia, que fica no início do aclive das fotos anteriores.
Caminho que eu e o Roger utilizamos na viagem para Ilhabela (Julho / 2009).
http://cicloturismobaixada.blogspot.com/2010/08/sao-vicente-ilhabela-1-dia.html
Praia de Boracéia, Bertioga.
Praia de Boracéia, Bertioga.
Olha eu ai! E pedalando, fica meio difícil aparecer nas fotos, estando sozinho e sem ter um tripé.
Divisa de Bertioga – São Sebastião.
Quinta das seis cidades do percurso que programei para pedalar nos 200 km, já tinha pedalado por São Vicente, Cubatão, Santos e Bertioga.
Acesso a Bora-Bora (estrada de terra a direita), caminho que também foi utilizado por mim e pelo Roger no nossa viagem para Ilhabela, desta vez optei em seguir pelo asfalto da Rio-Santos e pedalar por um caminho diferente.
Quando vi essa placa estava com uns noventa e tantos quilômetros, e me deu uma vontade de mudar de planos e seguir em diante até o centro de São Sebastião e voltar de ônibus para casa, que a essa altura era mais próximo do que voltar para casa, porém o mais próximo não significava o mais fácil para mim, pois existem muitas serras pela frente, inclusive a de Boiçucanga para Maresias, a pior de todas! E também não tinha dinheiro suficiente para a passagem, então fica para uma próxima vez.
E olha como as nuvens estavam carregadas, quando cheguei no trevo para a Praia da Jureia.
Mas não retornei daquele ponto onde completei os 100 km, segui em frente por mais quase 10 km até Juquehy, pois o caminho de volta seria um pouco diferente e mais curto, passando pelo Guarujá (via balsa), sexta cidade nesses 200 km, evitando assim passar novamente por Cubatão e pela Rodovia Piaçaguera-Guarujá num horário de pico, com muitos ônibus e caminhões.
Rio Una, São Sebastião.
Ao fundo o último aclive da ida e o primeiro da volta, pois fica um pouco antes de chegar a Praia de Juquehy.
Vista durante a subida para chegar a Juquehy, em meio a vegetação da para ver algumas colunas, que seriam utilizadas na duplicação da Rio-Santos, mas até hoje não saiu do papel.
Final da subida e contagem regressiva para a curva e também para a descida que veio logo a seguir.
Após a descida e um pouco antes do trevo de Juquehy, já dava para ver outro morro a frente e outra subida, que levam a Praia Preta, sorte que não precisaria seguir até lá para alcançar distância para retornar!
Trevo da Praia de Juquehy.
A princípio retornaria dali mesmo (trevo), mas para quem já estava com quase 110 km pedalados, resolvi ir até a areia da praia, para depois iniciar o retorno.
Praia de Juquehy, São Sebastião
Pena que mais uma vez a minha câmera fotográfica não ajudou, tentei todas as opções disponíveis no menu para corrigir o excesso de brilho, sem sucesso e essa foi a que ficou menos pior.
Não tem jeito vou ter que comprar uma câmera nova assim que puder!!!
Mas voltando ao relato...
Aproveitei a minha passagem por Juquehy, para comprar água mineral, pois estava quase sem água e também para comprar pilhas para garantir as fotos da volta.
Voltando para casa, mesmo sabendo que a distância seria menor que a ida, uns 20 km a menos, a volta estava meio cansativa e monótona, o vento contra e o mesmo caminho contribuíam com o desanimo que vinha tomando conta de mim...
Voltando para casa, mesmo sabendo que a distância seria menor que a ida, uns 20 km a menos, a volta estava meio cansativa e monótona, o vento contra e o mesmo caminho contribuíam com o desanimo que vinha tomando conta de mim...
E logo depois de atravessar a divisa e sair de São Sebastião, e entrar novamente em Bertioga, ainda na Praia de Boracéia, com 126 km pedalados, encontrei um carrinho de churrasco e resolvi parar e ficar admirando a vista da praia e relaxando, enquanto comia dois espetinhos acompanhados de um Guaraná bem gelado.
E essa parada foi muito boa quebrar o desanimo que vinha tomando conta de mim, e estava tornando o passeio uma coisa mecânica e automática, só girar o pedal, pedalar e pedalar, sem curtir os detalhes e as belezas das paisagens por onde estava passando, que geralmente passam desapercebidos quando estamos viajando de carro ou de ônibus, devido a velocidade.
Viaduto na Rio-Santos sobre a Rodovia Mogi-Bertioga, agora estava faltando pouco para terminar as sequência de longas retas da Rio-Santos...
E chegar ao centro de Bertioga...
Travessia de balsa para Guarujá.
Somando a espera pela balsa, que vinha do Guarujá, mais embarque, travessia e desembarque, tudo deve ter dado no mínimo uns 10 minutos, mas como não tinha pressa, tudo bem.
Atravessar a balsa e voltar pela Estrada Guarujá Bertioga (SP-61), e não continuar pela Rio-Santos para depois pegar a Rodovia Piaçaguera-Guarujá, foi uma excelente escolha! Pois apesar de ter passado várias vezes pela mesma, nunca me enjoo de pedalar pelas suas curvas e seguir ao lado do Canal de Bertioga, curtindo as belas paisagens!!!
E outro fator positivo da SP-61, é que ela é muito tranquila para pedalar, devido ao baixo fluxo de veículos, bem diferente da Piaçaguera-Guarujá, principalmente no final da tarde.
Pier do Restaurante Dalmo Bárbaro.
E rapidamente os 21 km da Guarujá-Bertioga ficaram para trás.
Avenida Des. Plínio de Carvalho Pinto, Guarujá.
Avenida Dr. Adhemar de Barros, vento a favor e cada vez mais próximo da balsa para Santos e da marca dos 200 km.
Da balsa até a minha casa, ponto final do passeio são aproximadamente 11,5 km e faltava apenas 7 km para completar os 200 km.
Me sentia muito bem, um pouco cansado, mas sem nenhuma dor ou ameaça de cãibra, muito diferente da primeira vez que simulei um Audax 200, onde com 134 km não tive mais animo para tirar fotos, senti cãibras, parei inúmeras vezes, me perguntava “porquê estou fazendo isso?” e me arrastei nos últimos 20 km finais, onde até uma criança de triciclo me deixava para trás. Kkkkkk.
Após completar os 200 km, segui como na Formula 1 após a bandeirada final, desfilando tranquilamente num ritmo mais lento do que antes.
Ciclovia da Praia do Itararé, São Vicente.
E as 19:23, com a minha chegada em casa, finalmente encerrei o meu desafio, desta vez somente um pouco cansado, mas muito feliz e com a sensação de estar pronto para outro pedal no dia seguinte, bem diferente da minha experiência anterior, onde cheguei com muitas dores no corpo e literalmente moído!!!
Números finais:
- Distância Total: 204,5 Km.
- Tempo pedalado: 10 horas 51 minutos.
- Tempo total: 12 horas 53 minutos.
- Baixas: Nenhuma.
- Gastos: R$ 40,00 (Água Mineral, lanches e pilhas alcalinas).
Percurso:
Ida
Volta
Fala Vini !!!!
ResponderExcluirSempre entro aqui para dar uma olhada nas novidades !!! parabens !!! muito legal seus passeios !!!
Ainda bem que não foi para Paranapiacaba, pois no dia 02/11 fiz o passeio que você fez com o Roger saindo do bar da Lú, aquelas estradas de terra se acabaram!!! esta uma lameira só , aquela empresa de gásoduto acabou com tudo!!! teve trecho que a lama chegou proximo dos meus joelhos, não dá pra andar nem a pé!! até os tratores esteira da empresa estavam atolados!!!
Se quiser ver algumas fotos de lá posso te enviar!!
Abração,
Junior
junior_rural68@yahoo.com.br
Vini, você é um guerreiro vencedor! Parabéns! Coincidentemente, neste final de semana fiz um pedal para Boracéia / Boiçucanga e estou preparando uma matéria para o Blog. Achei muito legal, pois muitas das suas fotos são iguais as que tirei. Ou seja, dos mesmos locais. Essa região é linda demais, portanto nunca nos cansaremos de passar por aí. Acho que a monotonia fica por conta do trecho Bertioga / Boracéia, pois a estrada, alem do verde, tem poucos atrativos. Um dia ainda quero pedalar nesta rodovia que beira o canal de Bertioga até o Guarujá.
ResponderExcluirGrande abraço e mais uma vez parabéns pelo belo passeio. Você conseguiu aliar o esporte (SimulAudax) ao prazer de pedalar.
Waldson
hola, tchê!
ResponderExcluir200??
não deve ser fácil não...
se bem que a paisagem ajuda, né? muito bonita a região!
abraços
Elton Xamã